O que é LiberAção Humana?

O que é LiberAção Humana?


Liber



O símbolo acima é a palavra suméria “ama-gi”, em escrita cuneiforme. Traduzida literalmente, ela significa “retorno à mãe”, e costumava se referir à “restauração das pessoas a seu estado original”. Esta é a primeira referência escrita conhecida ao conceito de liberdade: o retorno à origem, o retorno à mãe.
O filósofo político John Locke postulou que no estado natural do ser humano, todas as pessoas são dotadas de direitos pela própria natureza de serem humanos. Apenas ao conscientemente abandonarem esse direitos é que elas poderiam entrar estado civilizado.
Pode-se entender, através da concepção de Locke, o que talvez os sumérios desejavam esclarecer com sua metáfora para a liberdade: é no estado natural, no retorno à origem, que se encontra a liberdade. O estado onde os direitos adquiridos pela virtude de ser humano não foram abandonados. É a este estado que aqui desejamos trilhar o caminho.
A Liberdade, portanto, deve ser entendida como a habilidade e o direito de todos os seres sencientes de dispor de suas pessoas e dos frutos de seu trabalho, e de nada mais, como lhes aprouver. Isto decorre de sua autoconsciência e de sua habilidade de controlar e escolher o conteúdo de suas ações, características suas que lhes fazem humanos.

Ação



Ação Direta ocorre quando um grupo de pessoas realiza uma ação, sem mediações, que tem a intenção de revelar um problema existente, ressaltar uma alternativa, ou demonstrar uma possível solução para uma questão social. Ela se contrasta com a política eleitoral, com a diplomacia, com a negociação e com a arbitragem na medida em que estas últimas são mediadas politicamente. Essas ações incluem, no contexto anti violência que enfatizo aqui, ocupações, greves, bloqueios, hacktivismo, etc., mas não ações violentas contra indivíduos ou os produtos de seu trabalho.
Nesse sentido, há uma clara intersecção entre a idéia de ação de direta e o conceito de contra-economia. Contra-economia é um termo originalmente usado no contexto do Agorismo, e é definido como o “o estudo ou prática de toda ação humana pacífica que é proibida pelo Estado”. Estão nela incluídas ações como o escambo, a adoção de moedas paralelas, imigração “ilegal”, comércio nos mercados cinza e negro, crédito mutual, agricultura de subsistência, resistência a tributação e outros tipos de empreendedorismo social.
Através da ação direta e da contra-economia, procuramos estabelecer, o Anarquismo, ou seja, o sistema político sob o qual as instituições políticas são voluntárias e autogovernadas. Opõe-se à organização hierárquica e à autoridade, assim fazendo das instituições anarquistas livres associações não hierárquicas de indivíduos livres. É caracterizado pela absoluta ausência de privilégio e de coerção, assim como por um profundo sentimento de antiviolência.

Humana

O Humanismo acredita que o ser humano é uma parte da natureza e que surgiu como resultado de um processo contínuo. Em termos práticos, o humanismo é expresso no nível individual através da ação: aliviar sofrimentos e transmitir alegria, contribuir para o bem-estar da sociedade, respeitar uma atitude de não-violência, apoiar os direitos humanos e agir pela paz mundial, efetivamente defendendo o concento de cidadania global.
A dignidade inerente de todos os seres humanos nos é fundamental. Acreditando que a realização completa da personalidade humana seja o fim primeiro da vida humana, buscamos a boa vida aqui e agora. Rejeitamos todos os códigos que rebaixam o indivíduo, surprimem a liberdade, desumanizam a personalidade e embrutecem o intelecto. As pessoas são mais importantes do que decálogos, regras, proscrições ou regulamentações. Acreditamos na máxima autonomia individual, compatível com a responsabilidade social.
Acreditamos no potencial humano para atingir maior conhecimento sobre sua própria condição, através da inteligência crítica, infundida com um senso cuidado humano, que tem se apresentado como o melhor método para resolver nossos problemas. A razão equilibrada com a compaixão e a empatia são o caminho para uma melhor convivência entre seres humanos e entre eles e seu ambiente.
E valorizamos essa convivência por constatarmos a interdependência entre a humanidade, todos os seres sencientes e o meio-ambiente. Assim, buscamos criar harmonia através dessas inter-relações, visando atingir uma sociedade livre e universal em que as pessoas voluntária e inteligentemente cooperem para o bem comum. Uma vida compartilhada, em um mundo compartilhado.
Finalmente, todos esses valores são suportados pela natureza essencial de altruísmo exemplificada pelo espírito de compaixão humano, que possibilita uma ética embasada na dignidade do indivíduo e na busca por uma melhor convivência, a ser descoberta através da experiência humana a partir de suas necessidades e interesses.

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