A Filosofia
do
Progresso
Pierre-Joseph Proudhon
(...)
Nada persiste, disseram os antigos sábios: tudo muda, tudo flui, tudo devém; consequentemente, tudo permanece
e tudo está conectado; por consequência adicional, todo o universo é oposição,
balanço, equilíbrio. Não há nada, nem fora, nem dentro, à parte da dança
eterna; e o ritmo que a comanda, pura forma da existência, ideia suprema à qual
qualquer realidade pode responder, é a concepção mais elevada que a razão pode
alcançar.
Como,
então, as coisas estão conectadas e são engendradas? Como os seres são
produzidos e como eles desaparecem? Como a sociedade e a natureza são
transformadas? Este é o único objeto da ciência.
A
noção de Progresso, levada a todas as esferas da consciência e da compreensão,
se torna a base da razão prática e especulativa, deve renovar todo o sistema de
conhecimento humano, expurgar a mente de seus últimos preconceitos, substituir
as constituições e os catecismos nas relações sociais, ensinar ao homem tudo
que ele pode legitimamente saber, fazer, esperar e temer: o valor de suas
ideias, a definição de seus direitos, a regra de suas ações, o propósito de sua
existência...
A
teoria do Progresso é o trilho da liberdade.
Antes
de publicar, com a procissão de provas que é necessária, o conjunto de nossas
visões sobre essas elevadas questões, pensamos necessário consultar o público e
nossos amigos sobre a sequência a ser dada a nossas pesquisas. Ousamos esperar
que a crítica não faltará para esta primeira amostra: estaremos felizes se,
informados por conselhos salutares, formos capazes de levantar um canto do véu
que rouba de nós a luz! ....
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